domingo, 31 de janeiro de 2010

Uma pequena análise sobre Gon

Dessa vez vou fazer um post bem curtinho pro final do mês, e não será sobre nenhum Game....mas depois eu volto a falar sobre games no blog xD.

Certo dia, lá estava eu folheando os livros da livraria do Shopping local, e enquanto folheava uns livros de ficção acabei me deparando com um mangá esquecido num lugar qualquer da prateleira. Não sou o maior fã de mangás, mas sempre gostei de um ou outro título que surgiam por aí (antes que alguém pergunte, nem naruto nem one piece fazem parte deles). Então resolvi dar uma chance a este que encontrei. E é sobre ele que dissertarei hoje.

Gon é um dinossauro do tamanho de um cachorrinho (a espécie dele nunca foi mencionada, mas ele lembra um pouco um alossauro anão), que sobreviveu a catástrofe que destruiu todos os outros da sua espécie, e despertou nas florestas dos tempos modernos, agora ele precisa se virar na natureza pra sobreviver. Não que isso seja um problema já que ele é invulnerável, tem força suficiente pra levantar um bicho com várias vezes o seu tamanho, e possui escamas impenetráveis. Yep. não é o roteiro inicial que faz esse título ser o que ele é. O que seria então?

Gon é um mangá publicado em 1992 e desenhado por Masashi Tanaka, que foi trazido para o Brasil pela conrad editora e com uma tradução que não deve nada ao original....isso por que não há palavra alguma nele para ser traduzida. Isso mesmo, o que torna esse mangá tão notável é o fato de ser totalmente desenhado e não haver palavra alguma com exceção dos títulos de cada capítulo. Ou seja, um capítulo do Mangá não terá nenhum resquício de palavra a vista, nem mesmo onomatopéias e será 100% desenhado.

Brilhantemente desenhado, diga-se de passagem.

O fato de não ter falas não se torna um obstáculo para o entendimento da história, muito pelo contrário. Obviamente,todos os animais utilizam sua própria linguagem corporal pra transmitirem suas emoções e pensamentos, tudo é passado de forma fluída para o AHAM! "leitor". Os ambientes são ricos em detalhes, e são extremamente fiéis a fauna local, você não vai encontrar um leão numa floresta como naquela série escrota do Tarzan do tempo do guaraná com rolha, ao invés disso, o leão estará numa savana africana.

Gon é bastante caricato e contrasta demais com os outros animais que são desenhados de forma extremamente realística, e é isso que proporciona os momentos cômicos do mangá. Gon está sempre roubando a comida deles, ou os usando como transporte pra conseguir caçar. O mangá passa uma sensação de documentário da Animal Planet só que com um dinossauro de desenho no meio do ambiente selvagem, mostrando o quanto alguem fora de seu ambiente pode ser inconveniente para os outros animais ao ser redor sem nem ao menos se preocupar com isso.

Gon não é algo que vai mudar a sua vida pra sempre, mas é uma boa aquisição pra quem quiser histórias curtas, divertidas e de fácil entendimento pra ler nas horas vagas ou na espera pra ser atendido num consultório médico, ou numa viagem de metrô talvez....isso se ele não estiver lotado, e as pessoas te empurrando fazendo você derrubar a revista no vão da plataforma (cara, eu odeio quando isso acontece u.u)...
E se isso não é motivo suficiente saiba que Gon é um personagem secreto de Tekken 3! E um gamebreaker apelão do cacete! O ataque de fogo do True Ogre só causa 1 ponto de dano nele! Yey! Aliás, tekken 3 é um dos jogos de luta mais fodas do playstation pra quem não sabe, e só o fato de Gon estar nele já é um mérito a mais para o pequeno Sauriano.

Bom é isso, fico por aqui, pessoal. Até a próxima!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Digimon World 3

Um review de um jogo de playstation dessa vez. Digimon World 3 é a "sequência" de Digimon World 2 (Duh!), e asim como seu antecessor, foi produzida pela Bandai, empresa conhecida por produzir Games baseados em Desenhos Japoneses (vulgo animes) tais como: One Piece, Inu Yasha, Eureka Seven, Zatch Bell, e que são extremamente visados por otakus no mercado de consumo e após se fundir com a Namco passou a produzir jogos baseados em Dragon Ball Z e Naruto, o que agravou ainda mais a situação. O negócio é que eu realmente gosto dos desenhos de Digimon. Sério, basta uma segunda olhada nas séries, que já se percebe que é algo bem mais profundo do que aparenta ser......

Ou pelo menos a terceira temporada. Ah sim, vamos ao review...

Nossa história começa com Junior (não se preocupe, você pode mudar o nome dele depois), um aficcionado por digimon que é acompanhado por seus amigos Teddy e Ivy. Os três então resolvem ir a uma Lan House (não é exatamente isso, mas whatever) para jogar Digimon Online, o mais novo MMORPG de Digimon. Você então precisa escolher qual os 3 digimons que o acompanharão em sua jornada, não que isso faça tanta diferença já que os Digimons que você não escolheu poderão ser adquiridos mais tarde no curso do jogo. Então, nossos amigos nerds são transportados para dentro do mundo virtual de Digimon Online onde precisarão desafiar os quatro líderes das cidades, para ganhar uma insígnia e competir na liga pok...ops torneio Digimon. Mas, porém, todavia, no decorrer do jogo, o sistema da Digimon Online é invadido por uma gangue de hackers chamada A.o.A. e todos os nerds que estavam no jogo ficam presos dentro dele sem poder voltar ao mundo real, enquanto isso os hackers da A.o.A. utilizam o sistema da Digimon Online para mandar armas de destruição em massa para destruir as cidades do mundo real....PQP, eu realmente não sei como a porra de um MMORPG poderia ativar uma arma grande o suficiente para destruir a porra de uma cidade, mas comparado com Magical Taruruuto-Kun, o enredo desse jogo é um poço de sanidade, e mesmo com o roteiro entupido de dorgas de taruruuto-kun, ele se mostrou um jogo muito bom, será que mesmo o roteiro de Digimon World 3 poderá nos render um jogo bom? É o que vamos descobrir.

No aspecto sonoro, o jogo é bom. Algumas músicas são mais notáveis do que outras, como o tema de suzaku city, mas mesmo assim o jogo possui em geral músicas normais que não vão ficar gravadas na sua cabeça como as músicas de zelda por exemplo. O tema das batalhas pode ficar enjoativo depois de algumas horas de jogo, não é culpa da música propriamente dita, mas sim o fato de que todas as áreas possuem o mesmo tema de batalha, e isso somado ao alto numero de random encounters que você será obrigado a passar para subir de Level, acaba tornando a música demasiadamente enjoativa. O jogo também não proporciona Voice-clips, ou seja nenhum digimon gritará o nome do golpe que você usar na luta. Mesmo assim, eu curto bastante a música das pousadas e das cidades, que em geral combinam bastante com o tema em questão.
O ambiente do jogo é bem bonito. As cores contrastam bem umas com as outras, um ou outro elemento 3D ajuda a compor o cenário ao lado de sprites 2D, todos muito bem movimentados e detalhados. Quando você sai de uma área e entra em outra, a tela fica infestada de quadradinhos que vão carregando o cenário e que vão desaparecendo conforme o tempo passa, mas você tem total controle do personagem durante esse tempo, os tais quadradinhos não duram muito, só alguns segundos no máximo, mas mesmo assim, algumas pessoas podem achar eles um pouco chatos, mas de fato eles não atrapalham em nada a jogabilidade e foram uma saída muito boa para evitar os loadings excessivos que o jogo teria que fazer para carregar as telas. Em outras palavras, eu não vejo isso como um problema. Quando você encontra um inimigo, a tela muda para acomodar a batalha, e com ela os gráficos também mudam. Os digimons, então são renderizados em 3D, 3D esse que é bastante "pontudo" e quadradão com poucas texturas, não chega a ser exatamente ruim, mas mesmo assim, para um jogo lançado no final de 2002, está longe de ser uma obra prima. O principal problema, na verdade é com a animação das batalhas. Basicamente 90% das animações das técnicas dos digimons (e acredite, são muitas), são compostas pela mesma animação de uma bolinha colorida indo de encontro ao inimigo. A cor da bolinha varia: vermelha se for um ataque de fogo, azul se for um ataque de gelo, e por aí vai. Também tem as variantes, como duas bolinhas, um míssil pequenininho, não que isso adicione muita variedade as animações das técnicas, é claro. Nesse aspecto, o jogo fica devendo um pouco.

No quesito jogabilidade, o jogo se diferencia bastante de seus predecessores. Veja bem, aqui não somos obrigados a levar nosso digimon para cagar em um banheiro como no primeiro Digimon World, nem temos que aturar labirintos gerados aleatoriamente que fritavam nossos cérebros em Digimon World 2. Ao invés disso, a Bandai resolveu adotar um sistema de gameplay mais parecido com o de RPGs tradicionais, onde precisamos treinar pra cacete para subir de nível e ter força suficiente pra matar o próximo chefe que encontrarmos. Vários elementos foram incorporados das três primeiras séries animadas, e um pouquinho de nada da quarta, elementos esses que se encontram principalmente nos Digimons que você encontrará pelo caminho ou os que estão disponíveis como uma evolução para a sua criatura. Como foi dito antes, no inicio do jogo você pode escolher 3 digimons para te acompanharem (os restantes ficam disponíveis como chefes opcionais e podem ser obtidos depois de derrotados), e cada um pode evoluir para outro monstro mais forte num processo chamado digievolução, cada digimon pode carregar 3 digievoluções por vez, e as demais ficam depositadas em um computador e podem ser retiradas quando quiser (parecido com o sistema de box de pokémon). Basicamente existem 4 níveis de evoluções organizadas por força: rookie (a forma que o digimon começa), champion, ultimate e mega. Um digimon no Lv. 5 atinge sua forma champion padrão, no Lv. 20 ele atinge sua forma ultimate e no Lv. 40 a sua forma mega. Mas hey, isso significa que eu tenho que esperar até atingir o Level 40 para conseguir um digimon mega mais forte? Nope, não exatamente. Cada evolução possui uma espécie de pontuação que vai aumentando conforme se ganha EXP, mas que são aquém dos Levels, são os chamados skill points. Quando se derrota um oponente com uma determinada evolução, além de o digimon ganhar EXP pra subir de Lv., ele ganha junto um aumento na pontuação de Skill points para essa determinada evolução. Quando se atinge um determinado número de SP de uma determinada evolução, novas técnicas e digievoluções vão sendo liberadas pra esse digimon. Isso quer dizer que um jogador bem dedicado, consegue pegar um imperialdramon (um dos megas mais fortes) em poucas horas de jogo se souber treinar os skills dos digimons certos, e isso obviamente pode facilitar demais o jogo nas partes mais avaçadas, e claro, esse sistema também permite que todas as digievoluções do jogo estejam disponíveis para cada digimon do jogo, ou seja, nenhum digimon tem evoluções exclusivas....esses fatores poderiam ser considerado uma pequena falha, mas como existem realmente MUITAS evoluções pra se obter, não é nada que realmente estrague o jogo.

As batalhas são bem simples e intuitivas como em outros RPGs, e lembra principalmente as lutas de pokémon. Você carrega consigo 3 digimons, mas escolhe apenas um para lutar com o oponente, se ele for nocauteado, você escolhe outro pra ir no lugar dele, e se todos forem nocauteados é Game Over, champz. O digimon pode atacar normalmente, ou usar técnicas que consomem MP, e que podem ser mais ou menos eficazes que os ataques convencionais, dependendo do atributo do seu monstro ou do monstro inimigo. Também é possível usar itens, digievoluir ou substiuir seu digimon por outro, ou fuigir da luta (caso você não esteja lutando contra um chefe ou domador). Outro fator interessante no gameplay é a Blast Digievolution. Uma barrinha que fica embaixo do medidor de vida do seu digimon vai sendo preenchida conforme ele vai apanhando, e quando ela é preenchida por completo (o que demora bastante em alguns casos) o seu digimon evolui inexplicavelmente para o próximo nível, e possui MP infinito e sua técnica final já habilitada, a tal evolução fica disponível por 3 turnos mas é o suficiente para causar estragos nos primeiros chefes do jogo. Esse recurso torna o jogo bem mais fácil no início, mas como é um jogo voltado pra crianças não chega lá a ser um defeito, mas bem que podiam ter feito esse recurso se tornar desabilitável nas opções do jogo.

O jogo também possui batalhas em card-game, que não são necessárias pra se completar o jogo, mas mesmo assim são bastante divertidas e adicionam mais variedade ao game. Alguns digimons após derrotados deixam um pacote de cartas aleatórias que pode ser usado pra duelos e outras cartas avulsas podem ser compradas nas cidades, e de vez em nunca aparece um NPC interessado em uma batalha de cartas. As regras estão explicadas em alguns faqs da gamefaqs, e.... eu não estou com saco de escrever mais 2 parágrafos pra explicar as regras....Que foi? Deixa de preguiça e vai lá pesquisar, cacete!

Que preguiça, hein! PQP.

Aham! Digimon World 2003 é um jogo bem consistente, embora peque um pouco em alguns lugares, eu daria uma boa chance a esse aqui. Sério, o jogo é melhor do que parece....recomendo principalmente a versão européia (chamada Digimon World 2003) já que tem muito mais conteúdo extra do que as versões americana/japonesa.

...

E só pelo fato de eu não ter que levar o agumon pra cagar nesse game já deve contar em alguma coisa também...

Bye..........for now.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Magical Taruruuto-Kun

Um jogo cuti-cuti que nunca ninguém ouviu falar no ocidente.....menos eu, pra variar. Magical Taruruuto-kun (ou taluluto, taruruto, taru-ruto, sei lá qual a romanização correta desse troço), foi um jogo lançado para Mega Drive no Japão em 1992 baseado em um mangá homônimo que também deve ter dado origem a um anime, filme, brinquedinhos, card game ou coisa e tal...bem pelo menos eu acho que todo mangá japonês cuti-cuti vira por lá...

O lance é que o jogo foi produzido pela Game Freaks. Soa familiar? Não? Pois bem, eu explico, Game Freaks foi quem produziu o uber maximo mega presunto of hell sucesso da nintendo: POKÉMON. Só de ver a capa do jogo já se percebe uma pequena semelhança entre os dois.
A história é sobre....errrrr...tá, como o jogo só foi lançado no Japão e eu não entendo porra nenhuma de japonês eu vou dar uma olhada na wikipedia...*pesquisando*....WTF! Não tem porra nenhuma! Okay, na GameFaqs deve ter algo....*pesquisando*....MERDA, nem lá tem também......Okay, parece que achei alguma coisa: o estudante Edojou Honmaru leva porrada todo dia na escola, e para se vingar resolve envocar SATAN das profundezas das trevas para punir os garotos, mas ao invés de uma criatura demoníaca e abissal, ele acaba envocando Taru, um garotinho mago fofinho que tem cara de pokémon...É, e é ele quem você controla o jogo inteiro. O resto da história eu não sei e nem faço questão de saber...

Os gráficos são excelentes pra época, os cenários são bem desenhados e repletos de cores, os personagens e os objetos que interagem com os mesmos são bem animados, bem como os efeitos especiais e explosões. Os inimigos são bizarros, e podem variar desde uma sózia feminina do taru que tenta esmagá-lo com um escudo gigante e cheio de espinhos, até um pássaro que caga latinhas de refrigerante, sem falar nos inimigos que não se parecem com porra nenhuma que já tenhamos visto em nossas vidas e parecem não ter saído de outro lugar que não fosse da imaginação cheia de entorpecentes de Shigeru Miyamoto, o que me leva a crer que talvez a pessoa que criou isso tenha conhecido o pai do Mario em algum momento da vida antes de criar o desing dos personagens...mas enfim, visualmente o jogo é um show.

O som também não faz feio. As vozes digitalizadas apesar de poucas são razoavelmente boas se considerarmos que o Mega Drive não é tão bom pra reproduzir voice-clips quanto o SNES (quem não se lembra das vozes dos lutadores da versão de MD de street fighter 2), e Magical Taruruuto-kun consegue se sobressair nesse quesito, ao começar o jogo Taru aparece na tela de logo da sega e grita "seeeega", com sua voz de quem engoliu gás hélio típica das dubladoras japonesas de menininhas de anime. As músicas também são muito boas e apesar de não serem tão épicas quanto a de outros jogo, elas são bem alegres e ajudam muito a manter o clima bonitinho do jogo.A jogabilidade basicamente se resume a usar a sua varinha para dar vida a objetos inanimados e arremessá-los de longe em seus oponentes para causar dano, ou simplesmente bater com ela nos seus inimigos a uma curta distância. Eu me pergunto, por que é necessário dar vida a por exemplo, uma mochila se você vai arremessá-la em alguém e ela vai explodir no processo...Digo, você está praticamente dando vida a alguém para logo depois tirá-la T_T. Bem cruel para um jogo tão fofinho desses...e meio sem sentido também...aliás, sentido é algo que não se encontra em lugar algum desse jogo, aqui temos nuvens com rostinhos felizes e bebezinhos flutuantes....e tenho certeza que mesmo se eu soubesse japonês pra conseguir ler os textos do jogo, eu continuaria não sabendo dar sentido a porra nenhuma que acontece aqui. Voltando ao assunto, você também irá dispor de outras habilidades, como planar usando sua capa (apesar de algumas fases te induzirem a cair de um abismo caso você a use) e também alguns outros truques com mágica. Alguns inimigos também permitem que você, por exemplo, possa destruir uma de suas metades e usar a outra como uma uma arma ou um transporte (dependendo de qual parte você destruiu), dentre outros truquezinhos legais.

O jogo é bem simples, mas pode ser um pouco difícil em alguns trechos, mas nem se compara a dificuldade satânica de alguns jogos da época. Ele possui 4 fases (mas a terceira é beeem longa) e é possível terminá-lo sem muitos problemas com todas as ferramentas que o jogo te dá a disposição. Apesar de óbviamente ser voltado para o público infantil, eu recomendo Magical Taruruuto-kun adequado a qualquer pessoa que queira um jogo simples e divertido sem compromisso com enredo e história (até porque não tem como entender nada sem saber japonês)...


Cya, next time!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Phantasy Star IV: The End of Millenium

Depois de um tempo sem atualizar o blog (de novo...) decidi falar um pouco sobre um jogo que marcou a infância minha e de vários outros gamers da época do mega drive, e estou certo de que muitos o desconhecem: phantasy star IV. Serei sincero agora, nunca fui muito fã de rpgs, de fato apenas um ou outro me agradaram, muito poucos mesmo. E phantasy star IV faz parte deste seleto grupo de rpgs do qual eu gosto. Para quem não sabe, phantasy star é uma franquia da época em que a sega sabia fazer bons jogos, e diga-se de passagem, essa é a melhor franquia de rpgs que deu as caras nos consoles da sega, e esse é o melhor jogo da franquia. Mas chega de ser puxa-saco e vamos ao que interessa....

Esse capítulo da saga se passa aproximadamente 1000 anos após o fim de phantasy star 2 (o phantasy star 3 foi um lixo total, então foi esquecido pela sega, na época em que ela ainda tinha uma coisa chamada bom senso), você começa o jogo controlando Chaz Ashley, um jovem caçador de recompensas, e é acordado pela jovem caçadora Alys Brangwin, sua parceira e tutora, para comparecer a sua primeira missão como um caçador na Academia de Motávia, localizada na cidade de Piata, que por sua vez é capital do planeta Motavia. Chegando lá você precisa exterminar monstros no subsolo da academia, terminada a tarefa, você descobre que isso tudo foi causado por um mago das trevas que usa um estranho poder, e isso abre um gancho para uma história muito mais complexa e interessante, na qual não estou afim de revelar agora para não dar spoilers, ou simplemente por que estou com preguiça...
Enfim, apesar de a história não ser nenhum Nietzche, ela ainda é bem interessante, com personagens bem desenvolvidos e que vão amadurecendo ao longo do jogo. Chaz e Rune por exemplo, ao se conhecerem desenvolvem uma relação meio "gato e rato" onde nenhum dos dois admite o outro por perto, porém ao longo que o jogador faz seu progresso durante o game, podemos perceber que a relação de rivalidade entre os dois vai evoluindo para um clima mais fraternal.O clima sombrio e muitas vezes melancólico, característica do gênero, está presente no game, apesar de não estar em uma dose tão exagerada como vemos em outras séries tais como Final Fantasy. O jogo não se utiliza de conflitos existenciais e nem climas tristes e "emos", algo que pelo menos para mim é bom, uma vez que a série tem uma boa história sem apelar para o EMOcional....

A parte gráfica está excelente. Apesar de não serem gráficos revolucionários, eles são muito bonitos de se ver, com cores vibrantes e que contrastam bastante com os outros elementos presentes na tela. Um ponto interessante do jogo é o fato de quando você entrar em algum ponto importante do jogo (que são vários), uma cutscene feita com imagens, no maior estilo mangá tem início como a foto ao lado mostra. Essas cenas são importantes para o desenrolar da história e para que tenhamos conhecimento sobre a história e personalidade dos personagens. Isso foi uma boa saída inventada pela sega, uma vez que cartuchos de mega drive não tem capacidade para gerar cutscenes em fmv.

A parte sonora também é muito boa e possui músicas muito bem compostas e que correm o risco de ficarem em nossas memórias para sempre. O gameplay foi muito bem trabalhado e trouxe várias inovações. Quando uma batalha tem início, o jogo toma uma perspectiva com um ângulo de visão por trás dos personagens, destaque para os gráficos dos backgrounds das batalhas que são muito bonitos. O jogo permite que o jogador tenha o controle de 5 personagens simultaneamente, embora hajam mais personagens controláveis, ao longo do jogo, uns vão saindo e outros entram preenchendo seu lugar, cada qual com suas próprias magias e técnicas, que podem ser fundidas com a de outro membro da equipe para lançar de uma vez só uma magia devastadora que afeta todos os inimigos de uma só vez, algo totalmente foda para a época do jogo. Outra inovção foi o sistema de macro onde é possível fazer sua própria estratégia e pré programá-la para as lutas sem ter que ajustá-las manualmente. Sério, a sega deveria fazer mais jogos como esse, caso ainda tenha restado um pouco que seja do bom senso dela.

Enfim, para terminar, tudo o que posso dizer é, esse é sem dúvida um dos melhores jogos que o mega drive pode oferecer, altamente recomendado para fãs de rpg ou jogadores casuais. Foi lançada também uma versão para ps2 e x-box dentro da coletânea Sega Genesis Collection e uma versão mais recente foi lançada para o virtual console do wii para quem não teve a oportunidade de jogá-lo na época de ouro da sega.