terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Uma retrospectiva da série Zelda (parte 2)

Putz, malzão pela demora. A situação ficou TENSA pro meu lado, meu notebook anda superaquecendo direto, as teclas "A", "S" e "D" do teclado pararam de funcionar, e eu estou tendo que escrever usando a porra do teclado virtual, e como se não fosse o bastante, a preguiça e vagabundagem do clima de carnaval tomaram conta do meu ser nessa última semana...mas deixemos as agruras de lado, vamos a este artigo imeeeeeenso contando a segunda parte da retrospectiva dessa série que marcou a infância de todos que a jogaram...
Em 1995, a Nintendo criou um Add-on para o Super Famicom (o SNES japonês) que era acoplado na parte inferior do console, chamado Satellaview, que por algum motivo ficou conhecido no ocidente como BS-x apesar de o aparelho nunca ter visto a luz do dia fora do japão. O dito parasita funcionava basicamente como um modem via satélite que permitia ao Super Famicom fazer o download de jogos que eram produzidos para funcionarem exclusivamente com o uso do Satellaview. O sistema funcionava entre 16:00 e 19:00 horas, permitindo downloads que eram armezenados em um cartucho de 1MB...Em outras palavras, foi uma desculpa da Nintendo pra estuprar o bolso dos consumidores japoneses. E como não podia deixar de ser, a Nintendo fez questão de produzir Zeldas para o novo aparelho.

BS Zelda no Densetsu foi o prímeiro jogo produzido para o obscuro sistema do Satellaview e era um remake do primeiro The Legend of Zelda de NES, mas que fazia uso da capacidade gráfica e sonora do Super Famicom, entre outras coisitchas mais que só o Satellaview permitia fazer, tal como o uso de vozes ao vivo e um sistema de data e hora em tempo real que permitia que certos eventos do jogo estivessem disponíveis em apenas determinados dias e horários. Apesar de ser um remake, os filhos da puta da Nintendo acharam que seria melhor substituir o Link pelos mascotes do Satellaview: um pivete com boné de baseball e uma garotinha ruiva com rabo de cavalo. Felizmente os fãs conseguiram contornar esse problema com alguns patchs para as Roms que podem ser baixadas nesse site.

Em 1997, foi lançado BS Zelda no Densetsu: Inishie no Sekiban, também conhecido como The Legend of Zelda: Ancient Stone Tablets, e erroneamente chamado pela maioria de BS Zelda Kodai no Sekiban. Esse era uma sequência do A Link to the Past e acontece paralelamente ao Link's Awakening.
"Ctrl C + Ctrl V do A Link to the Past. Não deixa de ser um bom jogo BTW"

O jogo utilizava quase os mesmos gráficos de A Link to the Past, com algumas coisas novas adicionadas, mas nada que fosse realmente relevante para a parte gráfica. Assim como o primeiro BS Zelda, Inichie no Sekiban também contava com recursos de voz e relógio em tempo real, só que dessa vez em uma escala bem maior que no anterior, todas as cutscenes eram completamente dubladas (com uma dublagem decente e não como aquelas porcarias do CD-i), e o game era dividido em quatro episódios semanais.

Tudo isso porém não o impediu de cair no esquecimento tão logo o suporte ao Satellaview fora cancelado e o game nunca foi reconhecido na cronologia de Zelda, talvez o fato de um garotinho com a porra de um boné de baseball estar presente em plena idade média substituindo o protagonista original da série tenha tido alguma coisa a ver com isso. Mesmo assim, não deixa de ser um bom game.

De volta a 1996, a Nintendo estava lançando o seu terceiro console, o Nintendo 64, e junto com ele foi lançado o fodônico e inovador Super Mario 64. Nesse tempo, um novo Zelda estava sendo desenvolvido para outro acessório produzido pela empresa para parasitar seu console, o Nintendo 64DD. Como o 64DD foi um fracasso total no Japão e nem chegou a ser lançado nos EUA e Europa, os desenvolvedores resolveram tocar o foda-se e lançar o game pra um cartucho normal de N64 mesmo...
"This game is made of awesome!"

Então finalmente chegou. The Legend of Zelda: Ocarina of Time foi lançado em 1998 e utilizava uma engine modificada do Super Mario 64, que apresentava diversas melhorias. Dessa vez, a câmera se posicionava nas costas do herói enquanto o seguia para onde ele fosse, além de ser controlável pelo próprio jogador durante o gameplay utilizando os botões L e R para movimentá-la para a esquerda ou direita (ou seja, a câmera nunca ficava "travada" em uma parede atrapalhando a visão).
"Esse verdinho aí é o Zelda?"

Link podia pular, rolar no chão, carregar 3 itens ao mesmo tempo, além da espada e do escudo, e claro focar os inimigos utilizando um sistema conhecido como Z-targeting: ao apertar o botão Z atrás do controle, Link voltava sua atenção para o alvo mais próximo na tela, enquanto os inimigos mais distantes eram deixados pra segundo plano. Essa ferramenta também permitia por exemplo, que o jogador focasse interruptores que podiam ser ativados com uma flecha para abrir uma porta, além de poder travar a mira em ítens distantes para então pegá-los com o bumerangue. Ocarina of Time não foi o primeiro game que introduziu esse sistema, mas sem dúvida foi o primeiro que o executou com maestria, vários outros jogos posteriores de outras produtoras se inspiraram no Z-targeting de Ocarina para criarem seus próprios sistemas de travar a mira (MMORPGs que o digam).
"Kaepora Gaebora (A.K.A Coruja ORLY), a maior armadilha do jogo"

O sistema de jogo mudou bastante com relação a os Zeldas vistos até então. Pela primeira vez podiamos controlar Link em um ambiente totalmente 3D, o que aumentou muito o fator exploração que consagrou a série. Podiamos andar a cavalo, e realmente mirar uma flecha em algum lugar (não bastando apenas virar de frente pro alvo e atirar) e os puzzles ganharam mais diversidade também. E claro, viajar entre o presente e o futuro quando bem quiséssemos, num esquema bem parecido com o Light World/Dark World do A Link to the Past. E pra época os gráficos eram de cair o queixo.
"HEY! LISTEN! LISTEN! HEY! LOOK! LISTEN! WATCH OUT! LOOK! HEY! LISTEN!"

A história se passa mais ou menos 10 anos após a guerra civil que foi mencionada no A Link to the Past (ou seja, esse game é uma sequência retroativa de outra sequência retroativa. WTF!). Link, um garoto da floresta está tendo um sonho premonitório, onde ele está de frente a um castelo enquanto presencia a fuga de uma garota, somos então apresentados a Ganondorf, a forma humana do monstro dos jogos anteriores, e que está perseguindo a jovem. Ganondorf então lança um Hadouken na direção de Link, que então é acordado de seu pesadelo por uma mosca gorda e brilhante que fica falando "HEY! LISTEN!". Ela se apresenta como Navi, uma fada que foi enviada pela árvore Great Deku Tree para levá-lo até ela para que ele possa destruir os seres malignos enviados por Ganondorf. Essa bola brilhante vai ficar flutuando na sua cabeça pelo resto do jogo inteiro.
"A BIG FUCKING DRAGON!"

Terminada a missão, a Great Deku Tree pede para que Link vá ao castelo de Hyrule encontrar a "princesa do destino" avisar sobre o perigo que Ganondorf representa a Hyrule. Chegando no castelo, ele se encontra com Zelda, que revela a ele que também tem sonhos premotórios. No sonho dela, ela viu Hyrule engolida pelas trevas causadas pelo único homem da tribo das ladras gerudo: Ganondorf, que havia conseguido a confiança do rei para então o trair e descobrir a entrada pro Domínio Sagrado, onde a Triforce reside. No meio do caos, um jovem que veio da floresta lutava para trazer a paz de volta a Hyrule empunhando a lendária Master Sword.
"A BIG FUCKING FISH!"

Zelda acredita que Link seja o rapaz do sonho dela e o pede para juntar todas as três pedras espirituais, pois elas junto com a Ocarina do Tempo que ela possui, são a chave para abrir a porta do tempo onde a Master Sword adormece, e com ela Link seria capaz de impedir os planos malignos de Ganondorf. O tiro saiu pela culatra, e a história mostra que se Link e Zelda não tivessem tentado impedir os planos de Ganon no início, ele nunca teria conseguido chegar até a Triforce e trazer o maaaaaaaaaaal até Hyrule. Link então tem que viajar até o futuro como adulto para concertar a enorme merda que acabou cometendo.
"A BIG FUCKIN......huh...WHAT TEH FUCK IS THAT?!"

Como não podia deixar de ser, Ocarina of Time também sofreu com os já conhecidos rumores sobre a triforce. As pessoas afirmavam que era possível pegar a triforce devido ao fato de fotos do game durante o estágio de desenvolvimento realmente apresentarem a triforce como um item adquirível, e que possivelmente teria sido retirado da versão final. Esses rumores se espalhavam pela internet como se fossem erva daninha e ganharam mais força durante o "caso ariana", que quase todo mundo conhece...
"Mais falso que nota de 3 reais"

Enfim, Ocarina of Time foi um jogo foda bagarai, e um divisor de águas do gênero, que serviu para o Nintendo 64 se erguer um pouco da tijela cheia de merda de títulos ruins em que ele estava se afogando . E se você tem ou teve um Nintendo 64 ou um Game Cube e não jogou essa pérola, eu sugiro que você enfie sua cabeça dentro de seu próprio cu, coma a sua própria merda e nunca mais saia lá de dentro!!!

No ano 2000, a Nintendo estava desenvolvendo o seu quarto console, o Game Cube...mas antes de ele ser lançado, ela ainda queria sugar tudo o que o Nintendo 64 podia oferecer, e aproveitando o sucesso estrondoso de Ocarina foi lançado o psicodélico The Legend of Zelda: Majora's Mask.
"Descubra por que essa foto é fake e você ganhará uma estrelinha"

Majora's Mask não foi dirigido pelo japinha cheio das dorgas Shigeru Miyamoto, mas sim pelo seu padawan: Eiji Aonuma, que fez um excelente trabalho, diga-se de passagem. O game só funciona com o Expansion Pack, um acessório que adiciona 4 MB de memória RAM aos 8 já existentes do cartucho. Tal acessório permite entre outras coisas, uma maior intensidade de cores e texturas em maior resolução.

O jogo é uma continuação direta do anterior, e começa com o mesmo Link de antes procurando pela sua fada Navi, que se separou dele no final do Ocarina of Time. Sinceramente, eu não sei porque diabos ele quer encontrar uma mosca gorda e chata que só sabe ficar flutuando em sua cabeça e gritar HEY! LISTEN! WATCH OUT! LOOK!....LISTEN!, mas enfim...Link passeia com sua égua pelo bosque procurando a infeliz criatura, quando de repente, um espantalho mascarado chamado Skull Kid faz o herói cair de seu cavalo, e desmaiar. Enquanto o pequeno orelhudo está desacordado, Skull Kid aproveita para roubar sua ocarina. Quando ele acorda, percebe que seu bolso ficou mais leve, e decide acertar as contas com o ladrão, e como se não bastasse levar a flauta do herói, rouba também o seu cavalo. Link então sai em busca de Skull Kid, e acaba chegando acidentalmente em um universo paralelo a Hyrule chamado termina. Lá ele descobre por meio de um suspeito vendedor de máscaras, que o poder da máscara do Skull Kid - chamada Majora's Mask - fará com que a Lua caia dos céus em 3 dias, destruindo toda a vida em Termina. Cabe ao pequeno orelhudo libertar os 4 gigantes que podem impedir o trágico fim do lugar, enquanto ajuda os cidadãos de termina a resolverem seus problemas pessoais.
"The moon....is beautiful!"

A jogabilidade sofreu um pequeno salto, Link agora pode fazer acrobacias enquanto pula, um relógio que conta 3 dias foi adicionado na tela, e certos eventos envolvendo NPCs têm início em horários determinados. Tais eventos podem se ligar com os de outros NPCs em alguns momentos, formando correntes de side-quests que podem variar de extremamente simples até frustantes e complexas. Quando o relógio chega até as 6 horas da madrugada do último dia, a lua cai sobre Termina e um Game Over automático acontece, isso pode ser previnido ao se tocar a canção do tempo, o que faz com que você volte até o primeiro dia, mas isso reinicia todos os seus eventos e tudo o que você estava fazendo, ou seja, se você tocou a canção antes de terminar aquele templo difícil pra cacete e matar o chefe, ou antes de terminar A PORRA DA SIDE QUEST DO KAFEI, então prepare-se para ter que começar tudo desde o início! UAUhuaUAHhuahauHUAuahaUHuahUHAUA!!!! Mas sério, isso não torna o jogo ruim e nem muito difícil, apenas torna a experiência de jogo mais desafiante e divertida.
Outra melhoria foi também o uso de máscaras de transformação. Ao vestir a máscara Goron, Link se transforma em um bicho que parece um gorila gordo e forte pra cacete, além de ganhar a habilidade de rolar no chão e passar por cima de obstáculos. Ao vestir a máscara Deku, Link ganha a habilidade de se transformar em um bicho feito de madeira que consegue soltar bolhas de cuspe e usar flores pra voar. Ao vestir a máscara Zora, Link se transforma em uma criatura que lembra um peixe, e que pode nadar bem rápido e usar um escudo de eletricidade dentro da água. Cada puzzle no jogo requer uma máscara diferente para ser usada, e alguns requerem todas elas. No final do jogo ainda existe uma máscara que faz com que Link vire adulto e ganhe um poder incrível, fazendo com que ele possa varrer o chão com o chefe mais difícil do jogo, sem perder nem 3 corações na luta.
"Tingle......mais um personagem desenhado sob o efeito de entorpecentes"

Por essas e outras, Majora's Mask é sem dúvida um excelente game, e apesar de não ser tão inovador quanto o Ocarina ele se mostra igualmente divertido, e é praticamente obrigatório pros fãs da franqua....apesar de ter o tingle e talz.
O Game Boy Color, o portátil a cores da nintendo também recebeu dois títulos em 2001 prduzidos pela Nintendo em conjunto com a empresa Capcom - The Legend of Zelda: Oracle of Ages e The Legend of Zelda: Oracle of Seasons, seguindo a onda de Pokémon Red/blue, Medabots Metabee/Rokusho, Megaman B.N. White/blue...enfim esse negócio de 1 jogo pelo preço de 2.

Em Ages, Link é transportado para a terra de Labrynna pelo poder da triforce, e precisa derrotar a feiticeira Veran e resgatar a cantora Nayru, usando o poder de voltar e avançar vários anos no tempo. Em Seasons, Link é transportado para Holodrum e precisa derrotar o General Onox e salvar a dançarina Din, usando o poder de mudar as estações do ano.
"Os gráficos podem parecer coloridos e gays, mas esses jogos são fodas abessa"

Ambos utilizavam a engine de Link's Awakening com algumas modificações, e a principal diferença entre eles, é que cada um se concentrava em um aspecto diferente da fórmula clássica de Zelda: Oracle of Ages é voltado para os puzzles, enquanto Oracle of Seasons é voltado para a ação. Cada um pode ser jogado e completado individualmente, mas como você já deve ter presumido, a Nintendo não ia deixar de passar a mão na grana dos jogadores, e para se ver o final verdadeiro do game e enfrentar Ganon você precisa ter zerado os dois.

Okay, o post ficou imenso pra cacete, e ainda não deu tempo de falar sobre todos os jogos da série, então vou-me já andando e deixarei os restantes para a terceira (e possivelmente quarta) parte...


Então até a próxima....ou não, sei lá!

5 comentários:

  1. Realmente, Zelda, Ocarina Of Time é um dos melhores jogos de todos os tempos. Tá certo que muita gente diz que quase todo jogo bom, é o melhor game de todos os tempos. as Ocarina é, realmente um dos melhores jogos de todos os tempos.

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  2. Poxa, o nintendo 64 até pareceu um console bom...NOT!

    Anyway, eu estava me coçando para ver a parte dois, e agora que eu sei que vai tem uma parte três, eu acho que o meu coração não aguenta.

    então se você vai continuar fazendo posts awesomes, é melhor entrega-los no horário, senão.....

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  3. realmente..OoT foi o melhor jogo q eu ja joguei...
    nunca me diverti tanto com um jogo..
    na época eu era um garoto pobre q num tinha jogos pro n64..e tive q alugar por uns 2 meses o jogo..
    huahuhua

    meu pai ficou feliz com a conta da locadora...

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  4. Hum, particularmente eu prefiro Majora's Mask e The Wind Waker do que o Ocarina of Time.

    Mas o Ocarina inspirou ambos então eu acho que isso qualificaria ele como "melhor", se bem que sem Mario 64 não haveria Ocarina, então eu acho que o Mario 64 é o "melhor de todos"....ou será que não? xD

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  5. e sem o super martio world o mario 64 naum existiria..e por ai vai..

    huahua

    o MM tbm eh bom..mto bom..mas nunca zerei..sempre jogo ele em emulador..e sempre chego uma hora q meu computador zoa tudo e acabo perdendo meus saves...
    T.T

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