sexta-feira, 26 de março de 2010

CERVEJA, BATATA, CERVEJA, BATATA ... e muito Franz Ferdinand

Sempre fui um grande fã do Franz Ferdinand, desde a primeira vez q ouvi take me out, e isso em 2004 (acho) durante o top tvz (na época em que tocava the killers e strokes). Eles vieram em 2006, mas eu era novo demais pra sequer pensar em ir ao show deles, então quando recebi a notícia que eles vinham pro rio novamente, eu praticamente pirei.

Pra se ter idéia disso, finalmente entramos na turnê oficial, agora os ingressos eram vendidos meses antes. A Paula (amiga minha que me falou que eles vinham) comprou os ingressos em novembro. Eu comprei 4 dias antes do show, diretamente na fundição.

E então se passou uns 40 anos até finalmente chegar a sexta feira. E então, mais 40 anos até finalmente chegar a hora de ir pro show.

Uma fila GIGANTESCA, mas que felizmente tínhamos contatos nela já nos esperando, então apenas levamos uns 6 minutos pra entrar. Detalhe, entramos as 9 e pouca, e no ingresso falava que a abertura dos portões eram as 10.

Uma placa gigante na entrada dizia: “Entrada proibida para menores de 18 anos”, então eu fui na sorte e entrei, não teve nenhum problema. Um hooray pela falta de seriedade nas casas de show brasileiras. HOORAY!

A fundição progresso é basicamente um Citibank Hall pobre, e bem menor, com goteiras e morcegos. Esperamos até as 11:30 pra começar o show da banda de abertura, moptop, que eu não gosto muito, mas nunca tive muita coisa contra. São apenas uma cópia de Strokes.

O bizarro foi que teve uma garota que era muito fã deles, ela inclusive disse q tinha ido só por causa deles. Eles tocaram 3 ou 4 músicas e foram embora, nos chamando de “platéia mal-educada”. Ligamos o foda-se pra eles, estávamos lá só pelo Franz Ferdinand, não por um moptop.

E então começou o show do Franz Ferdinand, à meia-noite. Eu achei que fosse morrer, mas não, apenas tive que lutar jiu-jítsu durante as 4 primeiras músicas, até que acabei indo um pouco pra trás, onde vinha um pouco mais de vento e era mais tranqüilo, mas tudo bem, estava a uns 6 metros da banda, e no final isso foi muito importante.

As músicas começaram a ir, Michael, Do you want to, Ulysses, e Take me Out, e a galera ao meu lado era bem bizarra, eu achei que o meu olho fosse ser espetado por um cigarro à qualquer segundo, mas tudo bem.

A fundição só tem dois pontos negativos: o som e o tamanho, e quem estava lá sentiu na pele esses dois pontos negativos, com rodas de porrada ocorrendo simplesmente porque se resolvia pular, e com ninguém entendendo nada do que o Alex falava, mas tudo bem, era um show fodônico.
Aliás, desse ponto negativo do som que vem o nome do post, porque teve uma música que começamos a entender como sendo “cerveja, batata, cerveja, batata”. O show, como todos os anteriores da turnê, terminou com lucid dreams, mas teve um mosh do Alex e depois um do Nick, inclusive, o Alex saiu sem camisa do mosh dele, se eu bem lembro. Aliás, era aniversário do Alex dia 20, e eles entraram já durante o dia 20 (pouco depois da meia-noite) e teve parabéns pra você. Após o show, eles foram comemorar o aniversário do vocalista lá pela lapa mesmo.

(Eu escrevi isso acima no dia depois do show, às 6 da tarde, após 14 horas de sono do pós-show)

E bem, hoje é domingo, faz mais de uma semana, e o show continua a parecer tão mágico como foi. Aqui vai a dica: ouçam Franz Ferdinand, e se eles vierem pro Brasil (ou onde quer que você more, algum acreano por aqui?) não percam a chance de vê-los.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Mighty Morphin Power Rangers - The Movie (Mega Drive)

Ahhhh, os Power Rangers...é o tipo de coisa que todo mundo via quando criança, mas até hoje sente vergonha de admitir...lembro que quando eu era pequeno, eu e os meus amiguinhos do jardim de infância vivíamos brincando de ser Power Rangers, nós brigávamos pra decidir quem seria o Ranger Branco.....infelizmente como eu tinha quase o dobro do tamanho das outras crianças, e sempre acabava sendo o monstro. E não seria tão ruim se os outros garotos não se empolgassem tanto com a brincadeira e não batessem sempre todos ao mesmo tempo, me deixando caído no chão em posição fetal enquanto me chutavam até chegar um professor pra mandá-los todos embora e enxugar o sangue da minha boca.....Ahhhhh, bons tempos. Nos divertíamos olhando caras vestidos com roupas de lycra e com capacetes que faziam suas cabeças ficarem enormes lutando contra outros caras vestidos com roupa de borracha, e mostrando as crianças que a violência é o melhor caminho para a paz [?] enquanto percebíamos que a ranger amarela quando morfava não tinha saia na roupa que nem a ranger rosa, mas tinha uma estranha protuberância no meio das pernas e uma musculatura muito bem desenvolvida para uma garota, o que deixava todos nós com aquela cara de WTF!.
E então, a Saban resolveu produzir um filme baseado na série de TV pra pegar carona no sucesso dos Rangers na época, e como o de costume, também foram lançados jogos com base no filme só pra arrancar um pouco mais de dinheiro dos fãs. No caso foram produzidas duas versões: uma para Mega Drive e outra para o Super Nintendo, neste post irei falar da versão de Mega que foi a única que eu tive a oportunidade de jogar na infância.

Desenvolvido por uma empresa chamada Sims (que eu nunca ouvi falar na vida), o game nada mais é do que um beat'em up que mescla um pouco da história do filme com um pouco da história da série de TV.

Ivan Oose se libertou e planeja espalhar o maaaaaaaaal, e já que os homens-argila da Rita Repulsa não eram maus o bastante, Oose criou monstros de gosma roxa do mau para destruir os seis adolecentes que vestem spandex, também conhecidos como Power Rangers. Os rangers então precisam lutar contra a caralhada de monstros feitos de goosebumps roxa e também dos homens-argila da Rita enquanto os rangers Vermelho, Preto e Amarela têm flashbacks da época que eles foram recrutados como substitutos para outros rangers já que os anteriores estavam começando a querer reinvindicar direitos trabalhistas, e no ponto de vista da Saban, atores que vestem lycra não merecem receber tais privilégios. Entre um flashback e outro, Oose decide tomar o controle dos seres mais malignos da Terra: os adultos. Sim, pois KND nos ensinou que os adultos são inimigos mortais de tudo o que é bom, e que eles só querem armar conspirações contra as pobres criancinhas inventando coisas como escola e vacinação contra paralisia infantil. Sejamos sinceros, nem o enredo do filme faz porra de sentido nenhum, lógico que com o jogo não seria diferente, então não vamos tentar entender essa merda e sigamos em frente.
Os gráficos são simples, mas apesar disso são muito bons. Os inimigos de gosma se parecem com gosma, os inimigos de massinha se parecem com massinha, as árvores parecem árvores, o megazord parece plástico, a ranger amarela continua com um volume suspeito entre as pernas e o Goldar continua com cara de macaco. Tudo está fiel ao filme e a série. Algo que merece destaque são as cutscenes que ocorrem entre um level e outro para narrar a história, essas cutscenes chegamaté mesmp a ficar a par em qualidade com as de Phantasy Star IV, em especial a cena dos Zords se unindo para formar o Mega Ninjazord é simplesmente fodástica.
Os efeitos sonoros são aqueles ruídos estranhos e voice-clips digitalizados que parecem arrotos, típicos de games do Mega Drive, mas você se acostuma depois de uns minutos de jogo. As músicas por outro lado são ótimas, apesar de a qualidade sonora não ser lá essas coisas, só digo que o tema da primeira fase e o clássico Go Go Power Rangers que toca durante as lutas com os Zords vão ficar gravados na sua cabeça por um tempo depois de você jogar.

No game podemos controlar os seis rangers adolescentes (teoricamente, pelo menos) que devem sair por aí espancando os caras maus em um Beat'em up no estilo de Streets of Rage. Cada ranger possui uma arma diferente que pode ser usada para terminar um combo ou usada para atacar logo após um dash (dois toques pra frente e botão de ataque). Além disso, o jogador também pode pular e atacar logo em seguida, e também há um ataque especial mais forte, comum nos jogos do gênero, que atinge os inimigos próximos, mas causa um pequeno dano ao personagem depois.
Como já foi mencionado antes, lá pra terceira fase os Rangers vermelho (Rocky), preto (Adam) e amarela (Aisha) relembram do momento em que eles foram recrutados para substituir Jason, Zack e Trini como Rangers respectivamente, pois esses precisariam ir para a escócia numa conferência de paz para nunca mais retornarem (WTF!), a verdade nua e crua é que substituíram eles porque antes o Ranger preto era um negro e a Ranger amarela é asiática, e provavelmente o Ranger vermelho devia ser um índio pele-vermelha desfarçado pra completar o trio de minorias raciais que sofreram preconceito nos Power Rangers, então antes que alguém reclamasse (se é que ninguém reclamou), os produtores resolveram cortar eles do show.

Pois bem durante o flashback o jogador pode optar por usar os Rangers anteriores no lugar deles. No fundo isso não passa de um fan service porco feito pros fãs da série, já que a jogabilidade dos três continua a mesma merda de antes sem tirar nem pôr e no final você vai preferir escolher o Ranger Branco como faz em todas as otras fases porque a armadura dele é mais da hora. O único real diferencial é que durante essas fases é possível escolher entre o Thunder Megazord ou o White Tigerzord pra enfrentar os monstros gigantes no fim das fases.
E já que toquei no assunto. No fim de cada fase, devemos enfrentar um ou mais monstros gigantes, e pra isso contamos com a ajuda dos zords, que para os leigos que não tiveram infância para saber o que é, um zord nada mais é do que a porra de um robô gigante, que pode ou não se unir a outros Zords pra formar um robô ainda maior e mais foderoso chamado Megazord. Durante as fases normais, podemos escolher entre o Ninja Megazord ou o Falconzord para sentar a mão nas criaturas abissais, e durante os flashbacks temos a nossa escolha, o Thunder Megazord e o White Tigerzord. A única diferença na jogabilidade entre essas fases para as fases normais é que os Zords não podem pular, mas em compensação podem se defender dos ataques adversários, o que importa é que são nessas fases que toca o tema da série Go Go Power Rangers, e que o Ninja Megazord sabe dar o Tatsumaki Senpuukyakku do Ryu de Street Fighter e é isso o que mais importa no fim das contas.
Esse game de inovador não tem nada, simplesmente pegou tudo o que já havia nos sido apresentado por Final Fight e Streets of Rage e tacou os Power Rangers no meio só por causa do embalo do filme na época. Mas só porque não inova não quer dizer que também não seja bom. O game é muito fácil, mesmo na dificuldade mais difícil, mas considerando o público que a franquia tem como meta eu não acho que isso seja algo ruim, o problema mesmo é que ele é muito curto, mas mesmo assim dá pra divertir por alguns minutos, e considerando as porcarias que já lançaram com o nome dos rangers no mercado de games que nem aquele jogo horrível pra PC de Power Rangers Zeo ou as nojentices lançadas pra Game Boy Advance, eu daria uma chance a este aqui mesmo que fosse só pelo fator nostálgico mesmo....

E, hey, é melhor que The Tick, pelo menos.

See ya!

sábado, 6 de março de 2010

A morte da Indústria Fonográfica e o nascimento da Indústria de Música

Entrei em um dos meus sites favoritos de download de música, e comecei a baixar um álbum do iron maiden, quando terminei, fechei o Firefox e comecei a procurar entre os meus filmes algum que fosse bom, acabei vendo um filme sobre o Queens of the Stone Age, um concerto (acho q em algum local da frança, ou pelo menos um concerto que algum francês viu, gravou, gostou e colocou legendas francesas, ou não). Não achei músicas que eu gostasse tanto deles (concerto de 2004/2005) então fui ouvir o álbum Songs for the Deaf. E agora ao som desse álbum, eu escrevo este post no Word para postar no Blog.

Já notaram como as coisas mudaram? Há alguns anos atrás eu teria comprado o cd, sem nem mesmo saber se é bom (e é bom, baixe), veria os filmes ou em VHS ou na televisão e então colocaria no meu mini-system algum cd pra ouvir enquanto eu escrevia um artigo para mostrar apenas para alguns amigos.

Não é incrível como a internet mudou isso? Digo, sem ela eu nem estaria escrevendo esse artigo, e provavelmente nem conheceria as bandas que eu gosto, ou teria visto os filmes que eu gosto, principalmente se eu ainda dependesse da TV (estaria vendo algum filme do Didi com a Lili, e pensando se os outros 4 canais na TV teriam algo melhor)

Imagine a sua vida sem internet, só por um segundo. Se tornou algo inimaginável, nos tornamos dependentes dela e não é uma dependência ruim, porque nos tirou muitos limites. O mais notório (e controverso) seja talvez o que tem a ver com copyright e download, e hoje vou tentar falar dele... ou talvez mais tarde, são 2:12 da manhã e eu tenho que acordar cedo amanhã, digo hoje.

Vamos começar com exemplos clássicos, literalmente: Mozart, Beethoven e Vivaldi. Nenhum dos três tiveram apoio de gravadoras, nenhum dos três caçou fãs que gostassem da sua música atrás de dinheiro e ambos os 3 são músicos aclamados e que ainda são ouvidos décadas (ou séculos) depois de suas mortes

Então, as gravadoras existem para quê? Ora, existem para levar a música até o público e pra gravar (dã) o material do artista, além de divulgá-lo. Agora deixe-me pensar sobre isso: Levar a música até o público = Distribuir Cópias pela internet; Gravar o Material do Artista: existem ótimos programas de gravação disponíveis de graça na Internet e existem meios o bastante para se gravar um cd em casa por um preço bem baixo e com boa qualidade; Divulgar Material do Artista: E-mails, mensagens via MSN (sim, de amigo pra amigo) e basicamente fazer música boa, que se divulga por si própria, principalmente hoje em dia.

Mas ae alguém me pergunta “e onde o artista ganha nisso, se ninguém compra o cd dele?” e eu respondo: simples, com shows. Divulgando o material de forma gratuita, ele se torna mais acessível e logo mais divulgável, além dele próprio ser algo a ser compartilhado com amigos, aumentando o número de ouvintes -> Mais fãs = mais pagantes num show = mais dinheiro final. Além disso, o artista só ganha uma porcentagem do cd.

Basicamente, a internet matou a gravadora, ela não precisa existir mais, mas sabe por quê ela existe? Força no mercado, uso de leis antigas que não fazem mais sentido e o mais baixo do baixo, pedir uma porcentagem do dinheiro arrecadado nos shows do artista, sendo que isso vem no contrato, se assina isso POR CONTRATO. Sabe quem fez isso? Fresno, e agora me diga: fresno tem qualidade musical? Tem alguma relevância pro cenário musical brasileiro? Contesta algo de importante na sociedade atual? Não, eles nem mesmo fazem música boa (desculpa se eu ofendi alguém, eu geralmente não respeito o mau-gosto dos outros), eles apenas fazem um sertanejo com guitarras pra adolescentes ouvirem. A única coisa que mantém eles de pé é a INTENSA divulgação por cima deles: Mtv, globo, caralho a quatro.

Notou agora que as gravadoras apenas nos fazem descer bandas medíocres goela abaixo, enquanto outras, muitas vezes superiores nem são conhecidas? Pois bem, elas são conhecidas (não tanto quanto necessário) e o teatro mágico é a prova.

Eu não sou um grande fã da banda, mas eu sou dos meios deles. Não passam na MTV, não cantam com o Roberto Carlos no final do ano, não aparecem no Domingo Legal, não tocam na Mix Fm. E lotam shows, e sobrevivem. Eliminaram a gravadora e são conhecidos e respeitados, fazendo shows a 15 reais e distribuindo CDs na internet, e ainda fazem música boa.

Outro exemplo bom são os Móveis Coloniais de Acaju, mas eu farei um post sobre eles depois.

Não há necessidade de gravadoras, não há. Quer outra prova? Trama Virtual e o download legal grátis remunerado, uma das poucas boas idéias dessa época. Lá eu baixei a discografia inteira do Autoramas, Rock Rocket e alguns álbuns do Teatro Mágico. Grátis e o artista ganhou com isso. Porra, por quê não faz isso? Não há mais por quê comprar um cd. Não se ouve mais música no Mini-Sytem ou no Cd player, se ouve no PC, nos window media player e real players da vida, se bota a música no Ipod ou mp4 via Windows Explorer, por vários motivos, entre eles o fato que se pode trocar sempre as músicas do mp4, as do PC, não ocupam espaço físico, são DE GRAÇA (porra, não tem nada melhor que isso) e o computador virou o centro multimídia da casa.

Antes, se desejava-se ver um noticiário, via TV. Ano passado, notícias do Irã atravessaram o rígido controle sobre notícias do governo, via youtube e vídeos gravados em celulares e então alcançaram o mundo. Se desejava-se ouvir música, ouvia-se um cd, seu ou de amigos, ou então uma mix-tape (que também já foi considerada “causa de morte pra indústria fonográfica”). Hoje, temos shareaza, limewire, discografia, blogs de música, trama virtual, myspace, lastfm, etc. Se desejava-se ver um filme, ia no cinema, ou comprava o VHS, ou esperava passar na TV. Hoje se pode baixar filmes em blogs e ver no computador, algumas TVs até já tem saída pra cabo de PC, pra se ver filmes na TV. E infinitos outros exemplos.

Er, agora eu vou dormir, mas eu volto pra continuar o post...

Bem, voltando ao post, e também finalizando-o, os meios de se obter informação mudaram, e as empresas tem q entender isso, não adianta mais tentar impor uma forma de cultura ou de obter cultura, por que se tem milhares hoje em dia. Eu apenas queria terminar esse post com a imagem q eu vi há alguns dias num blog que eu gosto bastante e que inspirou a escrever esse post: