No início desse mês, a capcom finalmente anunciou o upgrade do último game da franquia Street Fighter: SUPER street fighter IV.
Yep. Claro, qualquer um que conheça a empresa, sabe que isso não é novidade nenhuma, visto que mercenária do jeito que é, ela tem o costume de arrancar dinheiro do bolso do fãs com upgrades de jogos que ela já havia lançado, e cobrando por ele um preço tão alto como se fosse um game novíssimo (apesar de eu achar que dessa vez, o dito "upgrade" vá trazer mais novidades do que os de costume).
Street Fighter II foi o game que empurrou a franquia pra frente e popularizou um gênero de games que não era assim tão explorado na época: os games de luta. Tal game, acabou fazendo bastante sucesso entre os jogadores, e logo recebeu ports para diversos consoles, como o Mega Drive e o SNES. Claro, que eles não foram os únicos a receber ports de Street Fighter II na década de 90, vários outros consoles receberam suas respectivas versões do clássico, porém a grande maioria deles não foi produzida pela capcom, mas sim por empresas contratadas pela mesma, logo, nem todos se saíram tão bem quanto os 16-bits da Sega e da Nintendo. E que maneira melhor de homenagear Street Fighter do que mostrando os ports mais bizarros do game que popularizou a marca.....bem, pensando bem, talvez essa não seja a melhor maneira, mas FODA-SE!
Street Fighter II (PC)
Começemos então com a versão de PC. Verdade seja dita, essa versão era a mais promissora de todas. Os computadores da época, apesar de obviamente não serem as máquinas mais poderosas do que Deus que são hoje em dia, tinham a capacidade de rodar os gráficos de um game com a mesma competência que uma placa de arcade na época (no caso a cps-1 da capcom). O mesmo pode se dizer do som, por exemplo.
E de fato, a versão de PC nos trouxe gráficos fodásticos tão bons quanto os dos fliperamas (até a esposa do Ken ficou com a mesma cara que ela tinha na versão de arcades, mais parecendo a filha abortada da Hebe com o Didi mocó). Então, todos imaginavam que esse seria o port perfeito de Street Fighter II.
Ledo engano.
Apesar de nos trazer gráficos quase perfeitos, a U.S. Gold (compania responsável por esse port de sf), para a grande decepção dos fãs pecou no quesito mais importante. Quesito este que as versões de SNES e Mega Drive executaram com maestria, mesmo não sendo tão potentes quanto os PCs da época: a jogabilidade.
Os personagens se movem tão lentos como se estivessem de baixo d'água. Ganhe de um oponente com uma voadora, e seu personagem PARA EM PLENO AR para fazer a pose de vitória. O Dhalsim sofre de SNK boss syndrdome, e os chefes sofrem de CHUCK NORRIS boss syndrome. O game só tem três músicas: uma para a sequencia de abertura, outra pro GAMEPLAY INTEIRO (sim, desde a primeira até a última luta contra o bison é a mesma) e uma música pro final de todo mundo. Ao invés de 6 botões como na versão arcade, fomos reduzidos a jogar com apenas 2, e como se não fosse o bastante, o oponente fica invencível enquanto leva um golpe, ou seja, NÃO EXISTEM COMBOS NESSE PORT DE STREET FIGHTER II.
Ufa..Creio que eu não precise dizer mais nada, Vamos ao próximo.
Street Fighter II: Rainbow Edition (Arcade)
Também conhecido por essas bandas como street fighter de rodoviária. Essa nada mais é do que uma versão hackeada e não oficial de SFII: champion edition lançada pra arcades, que se tornou popular por permitir coisas bizarras no gameplay, como o zangief soltando yoga flame do pé, a possibilidade de cobrir a tela inteira com hadoukens, e o caralho a quatro!
Os projéteis agora são meio que teleguiados e ao invés de seguirem em linha reta, eles perseguem o inimigo pela tela inteira, além de ser possível lançar vários deles ao mesmo tempo. Todos os personagens ficaram mais rápidos no chão, mas o mais horrível é que personagens que antes eram lentos por questões de gameplay como zangief se tornaram mais rápidos que os outros. E se você estiver insatisfeito com o personagem que você escolheu, basta apertar start que vc troca de personagem. Tudo isso torna o gameplay bem desequilibrado. Ganhar uma partida se resume a cobrir a tela com hadoukens, que eles mesmos vão atrás do inimigo da ponta da tela até a putaquiupariu. Mesmo assim o jogo fez um puta sucesso no brasil entre os mlks do gueto vID4 Lok4.
O game, obviamente, é uma merda boçal, mas mesmo assim trouxe coisas interessantes como o tatsumaki do ryu (ou tre tre truget para os leigos) que percorre a tela toda voando, e os especiais que podem ser usados em pleno ar. Idéias essas que, por coincidência ou não, viriam a ser usadas pela Capcom em jogos posteriores.
Street Fighter II' (Master System)
O console 8-bits da sega também ganhou seu port de Street Fighter II em 1997, produzido pela empresa tec toy, conhecida por ter adaptado games clássicos do Mega Drive para o Master System e lançá-los com exclusividade no Brasil.
Os gráficos do jogo são excelentes levando-se em conta as limitações do sistema, os personagens são grandes o suficiente na tela apesar das cores parecerem meio "desbotadas" e os cenários parecerem meio "vazios". As músicas são boas também, mas os efeitos sonoros se resumem a um único ruído para todos os golpes e as famosas frases do narrador (que dessa vez é diferente das outras versões do jogo, com uma voz ruim pra caralho), as vozes digitalizadas dos personagens foram totalmente tiradas nessa versão (ou seja, nada do ryu falando "aduuuugui" e "tré tré trugui" por aqui), mas o problema mesmo vem com a jogabilidade.
Você pode escolher entre 8 lutadores: Ryu, Ken, Chun Li, Guile, Blanka, Balrog, Sagat e M. Bison (Dhalsim, E. Honda, Zangief e Vega ficaram de fora). O frame rate é meio baixo e é necessário levar dois golpes pra que a barra de vida diminua . O controle do Master System se resume a 2 botões ao invés dos tradicionais 6: um de chute e outro de soco fortes (ouvi dizer que foi lançado no Brasil oficialmente pela sega um controle estilo arcade de 6 botões para o console exclusivamente para esse jogo) . Bloquear golpes nesse jogo é inútil já que o dano vai ser praticamente o mesmo, tendo sido ou não bloqueado, além disso, alguns personagens perderam golpes especiais, como o Ryu que perdeu o shoryuken e a Chun Li que perdeu o spinning bird kick, não que fizesse muita diferença já que é praticamente impossível usar os outros especiais nessa versão e o jeito é apelar de voadora e chute agachado se quiser ganhar ao invés de correr o risco de ser obliterado enquanto tenta soltar um hadouken.
O jogo só tem um final para todos os personagens: As caras feias do Bison, do Balrog e do Sagat junto com a frase "You are the king of street fighters".
Brochante eu diria.
Mesmo não sendo uma brastemp, a versão de master, apesar de todos os defeitos tem lá seus méritos.
Street Fighter II (game boy)
Em 1995, o Game Boy da Nintendo recebeu um port de Street Fighter II. Essa era uma versão que tinha praticamente tudo pra dar errado. Por ser um portátil, ele não possuía muita capacidade gráfica tampouco sonora, e as imagens eram todas em preto e branco, isso pra não falar que o game boy tem apenas 2 botões de ação. Portar um game lançado originalmente para arcades de 16-bits para um Game Boy daria merda na certa.
Mas esse port acabou surpreendendo a todos. Aqui temos 9 personagens para escolher (os mesmos da versão de Master System, mas com a adição de Zangief), e apesar do já mencionado problema de falta de cores no sistema, os gráficos ficaram ótimos, é impossível não diferenciar os personagens, todas as características de cada um estão lá. Apesar do frame rate baixo devido as limitações do aparelho, os cenários de fundo foram muito bem detalhados. esse game possui provavelmente os melhores gráficos de um jogo de luta para Game Boy. Os efeitos sonoros são parecidos com a versão de Master System: o mesmo ruído para todos os golpes e todas as vozes digitalizadas foram excluídas dessa versão, a diferença é que essa versão também não conta com narrador nenhum. Tudo isso é compensado pela música que foi transportada brilhantemente da versão de SNES, todos os personagens mantiveram seus temas musicais em seus respectivos estágios. Os controles mudaram bastante, mas não deixam de ser bons: Um botão para o soco e outro para o chute, mantendo pressionado um deles, o golpe sai mais forte do que o normal. Os golpes especiais estão todos aqui desde o pilão do Zangief até o shoryuken de fogo do Ken, e eles saem com uma precisão excelente.
O final aqui também não é lá essas coisas. Na verdade tudo se resume a uma tela preta escrita "congratulations!" para todos os personagens. Tão brochante quanto o final da versão de master system, mas levando em consideração o sistema e a época em que o game foi produzido, eu acho que tá de bom tamanho.
Mesmo com todas essas limitações, a versão de Game Boy ficou muito boa, e vale a pena dar uma olhada nela.
Street Fighter II (NES)
Se o 8-bits da sega ganhou um port do jogo, então o 8-bits da Nintendo também não podia ficar de fora. A empresa responsável por esse port foi a coreana Yuko Soft, que não mantinha vínculo algum com a Capcom na época, em outras palavras, essa é uma versão pirata e não oficial de Street Fighter II.....é, já vou avisando pra não esperarem grande coisa também, esse jogo é bem ruinzinho.
Você tem direito a 4 lutadores: Ryu, Chun Li, Guile e Zangief, o chefe final é M. Bison (chamdo de Viga nessa versão [WTF?]) e não pode ser selecionado, todos os outros personagens sumiram dessa versão.
Eu disse ruim? ESSE JOGO É UMA MERDA ISSO SIM!
Os gráficos são mais feios do que bater na própria mãe, e o som é tão agradável quanto um arroto do Homer Simpson. Mesmo se levarmos em consideração o potencial do NES. Alguns cenários e personagens até enganam, mas mesmo assim estão longe de serem bons. O final de todo mundo no jogo é o final do Ryu, só que com a imagem modificada (muito porcamente aliás) para se adequar ao personagem escolhido pelo jogador, e o texto todo escrito em "engrish". Não que isso faça muita diferença já que é muito pouco provável que você tenha saco pra levar esse jogo até o final...
Apesar de ser uma merda, esse jogo fez a felicidade de várias pessoas que não tinham dinheiro pra comprar um SNES no início da década de 90, e estavam secas para jogar o maior hit dos arcades da época (felizmente eu não me incluo nelas).
Street Fighter III (NES)
"WHAT THE FUCK?!!". Foi a primeira coisa que me veio a cabeça ao ver o título desse jogo pro NES. Na verdade, isso se trata de outro hack de NES. Ela não foi patenteada por ninguém, e quem a criou essa versão permanece desconhecido hoje. Versão essa que em nada se assemelha ao verdadeiro Street Fighter III, essa versão está mais para um upgrade do game anterior produzido pela Yuko.
Temos a nossa escolha, 9 personagens (ficaram de fora apenas Zangief, Honda e Balrog), o que já é um avanço e tanto comparando com o último port de NES. Os gráficos melhoraram consideravelmente, e agora estão muito mais definidos, os cenários, apesar de estáticos estão muito bons também, apesar de o estágio da chun li estar completamente diferente. Os personagens foram bem desenhados e possuem uma boa coloração também (com a exceção de Ken que agora virou uma simples pallet swap do ryu). O som é o já famigerado ruído branco para todos os golpes, e as músicas em nada se parecem com as originais da versão arcade, apesar disso, elas não são de todo mal. Os controles são parecidos com a versão de game boy: dois botões, um de soco e outro de chute, e se você manter o botão pressionado, o golpe sairá mais forte. Rápido, simples e prático.
Apesar de não ser tão bom quanto a versão de Master System, esse jogo consegue ser bem competente em certos aspectos, mesmo sendo um Hack, e faz bom uso do hardware do NES. Reza a lenda que essa versão veio antes da Champion Edition pro SNES, então até lá a única maneira de selecionar os chefes nas versões caseiras era nessa versão :D
Vamos para o último, por que eu já to ficando de saco cheio.
SFIBM (PC)
Um hack coreano de Street Fighter II, parecido com o Street Fighter de Rodoviária, e..
errrrr.....
Nada tenho a dizer sobre ela, exceto esse vídeo.
Bizarro, é realmente a palavra perfeita pra isso.
You must defeat Shen Long to stand a chance!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
"Glamorous Indie Rock 'n' Roll"
Bem, por onde começar, a primeira coisa indie que eu ouvi foi com certeza o The Killers, isso quando era 2004, e via os clipes do Multishow. Surgiu uma música ótima, bem humorada, que tinha guitarras e teclados, e bem, o clipe tinha vultos de mulheres nuas, logo, isso agrada qualquer um, he he (ainda mais quando se tem 10 anos).
Não prestei atenção no nome da banda, ou no da música, mas ela era boa, muito boa, ao ponto de alguém sem saber inglês cantar ela (mesmo sem entender).
Então, bem, eu descobri novamente a banda, e também que ela era indie e me perguntei se não havia mais de onde partiu isso. Baixei "Mr. Brightside", "When you were young", "Shadowplay" um cover que eles fizeram do Joy Division, e nem conhecia Joy division, aliás, não conhecia nada, nem guns, zeppelin, ramones, beatles, stones, oasis, strokes, nada, era o começo de 2006 por ae.
Nunca fui de baixar discos e conhecer bandas novas, apenas via MTV e Multishow, e as bandas que eu gostava eu baixava aquela música específica, até que, meu pc pifou. Ganhei um antigo que ainda funcionava, e com 15 Gbs livres decidi baixar álbums, me lembro como se fosse hoje: baixei Wolfmother, Strokes, Datarock, Franz Ferdinand, Oasis, qualquer coisa que aparecesse e me saltasse aos olhos eu baixava. E era incrível, simplesmente incrível, era mais ou menos o final de 2007.
Então pensei "bem, eu gosto da música, que tal o resto?". Vi filmes, programas de tv, comportamentos, livros, tudo que pudesse ser relacionado aquela cultura. Era ótimo aquele turbilhão de coisas novas acontecendo e tudo aquilo incrível aparecendo. Eu antes ouvia de tudo, desde simple plan até Robert Johnson. E bem, eu abandonei esse lado Simple Plan, Hateen, etc.
Começei a ter aulas de violão, comprei uma guitarra porque o violão não tocava nirvana como devia e eu precisava ter aquele som. Foi basicamente a minha escolha sobre o “modelo ideológico-musical adolescente” a se seguir, e o irônico é que comecei a ouvir rock no programa que mais passava pop, e que comecei a ver por causa de clipes da Kelly Key e da Ivete Sangalo (não riam, todos temos um passado triste).
Bem, isso tudo sobre como começei, e, o resto é história. Eu sou o Gustavo e vou escrever sobre comportamento, música e filmes nesse blog, espero que tenham gostado desse pequeno post e que apreciem meus próximos. Até lá
P.S.: Ainda Ouço The Killers, e até hoje tento descobrir o que estava escrito na bateria do clipe do "Mr Brightside"
Ouça se gostar de: Música eletrônica, pop-rock leve, New Order, Joy Division
Ouça: Somebody told me; Don't Shoot me Santa; Mr. Brightside; Jenny was a friend of mine; Andy you’re a Star
Não prestei atenção no nome da banda, ou no da música, mas ela era boa, muito boa, ao ponto de alguém sem saber inglês cantar ela (mesmo sem entender).
Então, bem, eu descobri novamente a banda, e também que ela era indie e me perguntei se não havia mais de onde partiu isso. Baixei "Mr. Brightside", "When you were young", "Shadowplay" um cover que eles fizeram do Joy Division, e nem conhecia Joy division, aliás, não conhecia nada, nem guns, zeppelin, ramones, beatles, stones, oasis, strokes, nada, era o começo de 2006 por ae.
Nunca fui de baixar discos e conhecer bandas novas, apenas via MTV e Multishow, e as bandas que eu gostava eu baixava aquela música específica, até que, meu pc pifou. Ganhei um antigo que ainda funcionava, e com 15 Gbs livres decidi baixar álbums, me lembro como se fosse hoje: baixei Wolfmother, Strokes, Datarock, Franz Ferdinand, Oasis, qualquer coisa que aparecesse e me saltasse aos olhos eu baixava. E era incrível, simplesmente incrível, era mais ou menos o final de 2007.
Então pensei "bem, eu gosto da música, que tal o resto?". Vi filmes, programas de tv, comportamentos, livros, tudo que pudesse ser relacionado aquela cultura. Era ótimo aquele turbilhão de coisas novas acontecendo e tudo aquilo incrível aparecendo. Eu antes ouvia de tudo, desde simple plan até Robert Johnson. E bem, eu abandonei esse lado Simple Plan, Hateen, etc.
Começei a ter aulas de violão, comprei uma guitarra porque o violão não tocava nirvana como devia e eu precisava ter aquele som. Foi basicamente a minha escolha sobre o “modelo ideológico-musical adolescente” a se seguir, e o irônico é que comecei a ouvir rock no programa que mais passava pop, e que comecei a ver por causa de clipes da Kelly Key e da Ivete Sangalo (não riam, todos temos um passado triste).
Bem, isso tudo sobre como começei, e, o resto é história. Eu sou o Gustavo e vou escrever sobre comportamento, música e filmes nesse blog, espero que tenham gostado desse pequeno post e que apreciem meus próximos. Até lá
I’M A GOLDEN GOD
P.S.: Ainda Ouço The Killers, e até hoje tento descobrir o que estava escrito na bateria do clipe do "Mr Brightside"
Ouça se gostar de: Música eletrônica, pop-rock leve, New Order, Joy Division
Ouça: Somebody told me; Don't Shoot me Santa; Mr. Brightside; Jenny was a friend of mine; Andy you’re a Star
P.S.2: Quem falar de onde é a minha frase do golden god primeiro ganha a chance de me sugerir um assunto para o outro post!
P.S.3.: Um novo texto toda sexta
P.S.4.: Adaptado, melhorado, corrigido e expandido, do meu antigo blog desativado http://rockgoestoschool.blogspot.com
sábado, 17 de outubro de 2009
A decadência e prostituição de Wolverine
"He's the best there is at what he does, and what he does is make gratuitous guest appearances." - Transformer Wiki sobre Wolverine
A menos que você more em uma caverna ou tenha saído recentemente de um coma que tenha durado o últimos 20 anos é realmente impossível que você não saiba quem é o Wolverine. O baixinho peludo dispensa qualquer explicação, mesmo assim farei uma breve descrição sobre ele.
Wolverine é um personagem criado pela Marvel Comics (mais especificamente por um trabalho em conjunto entre Len Wein e John Romita) para servir como o coadjuvante de uma edição da revista O Incrível Hulk. Primeiramente ele seria apenas um peludão que seria posto no meio de uma luta entre o Wendigo e o Hulk apenas para incrementar o combate. Ele vestia uma roupa extremamente brega e suas garras eram parte das luvas.
....
Pois é, ele era uma merda...
Mas o personagem acabou tendo uma boa recepção dos fãs, a Marvel fez o favor de retconar a
história das garras dele, dessa vez as explicando como implantes retráteis e Wein acabou o inserindo na nova equipe dos X-Men em 1975, onde o nosso querido canadense e os outros novatos da equipe foram recrutados pelo professor x para resgatar os x-men originais que haviam sido capturados por Kraken, a ilha viva. Nessa época, ele não tinha um destaque muito maior que os outros x-men na revista, mas mesmo assim roubava algumas cenas tentando flertar com Jean Grey e deixando Scott com ciúmes, exalando um ar de Bad boy que só ele consegue, e conquistando milhares de fãs, no processo, o que fez com que ele permanecesse no
time, ganhasse uma revista solo, e contracenasse com praticamente todo o resto do universo Marvel em algum momento...
No decorrer dos anos, ele sofreu várias mudanças, passando por poser de alcóolatra até a mendigo peludão e fedido e chegou até a se tornar caveleiro do apocalipse, e entre outras mudanças que eu não acompanhei de fato. Mas é inegável que muitas de suas histórias foram escritas por excelentes roteiristas e outros er..não tão bons assim...mesmo assim a Marvel parece ter posto nosso amigo James, em um pedestal estremamente alto, onde nenhum outro herói da marvel jamais ousou estar...
....
bom, talvez o Homem-Aranha...quem sabe?
Voltando ao assunto, quando falamos de uma equipe de heróis, os fãs tendem a gostar mais de um personagem do que dos demais, ou mais até mesmo do que o resto do grupo como um todo. E Quando pensamos em X-Men, é impossível que não nos venha a cabeça a imagem de Wolverine. Ele já é um dos maiores ícones da Marvel na atualidade. Porém, nos quadrinhos, as equipes de heróis estão sempre sofrendo mudanças.
O problema é que, vários leitores não vão se sentir felizes lendo um título de sua equipe
preferida, sem que não haja o seu herói mais querido nela. E quem é mais querido do que o Wolverine dentre os X-Men? A Marvel, então temendo perder seus leitores, decidiu mantê-lo em três equipes diferentes dos x-men ao mesmo tempo, só pra assegurar que o baixinho nunca fique de fora de nenhuma equipe mutante.
Com isso, a marvel parecia dar mais destaque ao canadense do que aos outros membros dos pupilos de Xavier. Wolverine estava sempre roubando a cena e participando das lutas principais. Os filmes também não ajudam muito a melhorar essa situação. No terceiro filme por exemplo, houve uma adaptação (bem ruim por sinal) da saga da Fênix Negra, um clássico dos X-Men, diga-se de passagem. O problema é que nos quadrinhos, essa saga não tem muito a ver com o wolverine, ele aparecia moderadamente, assim como os outros X-Men, mas isso não o impedia de ter os seus momentos (como quando ele arremessou o colossus pra cima da fênix numa inversão do Arremesso Especial). Porém, no terceiro filme dos mutantes, essa saga se voltou toda para ele! Ciclope, o herói original da saga, foi morto logo no início do filme pela Fênix, esta por sua vez passa o filme inteiro parada ao lado de Magneto, para que nosso grande herói Wolvie, possa ir ao seu encalce, derrotando sozinho toda a irmandade de mutantes no processo. Até a Tempestade, que toma o lugar do Professor Xavier depois de sua "morte" acaba deixando o Wolvie dar as ordens na luta final...
E a empresa começou a tomar gosto disso, ela devolveu ao Wolverine sua revista solo e passou
a inseri-lo nos novos Vingadors também! Afinal, por onde ele passasse, uma legião de fanboys doentes corria atrás dele para ter seu dinheiro arrancado pela Marvel. Como se não bastasse, ele ainda faz pontas regulares nas revistas de outros heróis. Neste momento ele já é praticamente onipresente, estando em 3 equipes dos X-men, enquanto tem histórias próprias em uma revista separada, além de fazer parte dos vingadores.
O merchandising não para por aí, Wolverine já apareceu em capas de revistas na qual ele nem aparece, já fez pontas nos quadrinhos dos transformers (de fato tem até um BONECO TRANSFORMER dele!), e foi o único personagem da marvel à ser jogável em TODOS os games de crossovers entre a marvel e a capcom (sendo que no Marvel vs Capcom 2, EXISTEM 2 WOLVERINES COM DIFERENÇAS MÍNIMAS ENTRE ELES!)...
Perceba no canto superior esquerdo a mensagem escrita em ingles "wolverine não aparece nesta edição"
Para garantir que nosso herói não morresse (já que ele atuava em mais de 5 lugares ao mesmo tempo), foi dado à ele um boost em seu poder de regeneração. Antes, o velho logan precisava de
um capítulo inteiro para regenerar um rim furado por exemplo. Em certo ponto após magneto retirar o adamantium do Wolverine, a Marvel havia constatado que o fator de cura ficava mais lento por causa do metal que estava dentro do corpo dele, já que parte do poder era direcionado exclusivamente para impedir que o mutante morresse por envenenamento causado pelo adamantium. Isso foi uma sacada muito boa que permitia que o herói pudesse se machucar mais, porém fazendo com que o poder regenerativo dele funcionasse a 100% para cuidar de suas feridas. Mesmo assim ele ainda precisava de uma revista inteira para regenerar um braço quebrado.
Recentemente porém (lembrando que agora o adamantium dele já voltou para o seu corpo), a Marvel pareceu não deu tanta importância assim para explicar o aumento no poder mutante de James. Hoje ele consegue perfeitamente ser mergulhado em metal derretido ou ser pego no epicentro de uma explosão a ponto de sobrarem apenas os seus ossos, e alguns minutos depois já aparece inteirinho e pronto pra outra.
Isso pra não falar do Wolverine Ultimate que foi PARTIDO AO MEIO PELO HULK e saiu se arrastando pra recuperar as pernas! Como as pernas sobreviveram sem coração e artérias intactas para bombear sangue nelas? Num sei...mas parece que isso também não é grande coisa levando em consideração que o mesmo Wolverine teve A CABEÇA ARRANCADA pelo Tony Stark e continuou vivo e consciente.
Lendo esse texto, a impressão que passa é que eu tenho uma profunda aversão pelo Wolverine. Na realidade ele é um dos meus heróis preferidos dos quadrinhos que leio, e é justamente por me importar tanto com ele que eu não engulo o tratamento que a Marvel tem dado a ele, obrigando-o a se prostituir para arrancar mais dinheiro dos fãs de longa era do herói.
Enfim, meu nome é Alexandre e bem vindo ao meu recém criado blog! Tentarei atualizá-lo semanalmente na medida do possível. Na próxima semana, vou trazer outro artigo totalmente diferente desse. Cya dudes!
SNIKTBUD!
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