quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

The Tick (o jogo de SNES e Mega Drive)

E cá volto eu após um século sem atualizar este blog por causa de problemas de estudo, namorada, e amigos (hey eu também tenho uma vida!). Mas deixando as agruras da minha vida de lado, hoje vim falar sobre o jogo de Mega Drive The Tick, que também foi lançado pra Super Nintendo.

Pra quem não sabe, o jogo é baseado nos quadrinhos humorísticos homônimos, protagonizados por Tick, um herói super forte e invulnerável, porém desastrado e burro como uma porta e seu ajudante Arthur que veste uma roupa de traça (apesar de parecer mais com um coelhinho) e atua como o cérebro da dupla. A obra é uma sátira dos heróis da Marvel e da DC Comics, e se passa em um mundo, onde super-heróis são incopetentes, covardes ou completamente malucos, além de serem extremamente esteriotipados. Tais quadrinhos renderam uma série em animação que ajudou a popularizar a franquia, além de uma mini-série produzida pela fox com atores reais, e é claro um jogo lançado para Mega Drive e SNES. E é sobre ele que se trata esse post.

O jogo é basicamente um Beat'em up, você sabe, aqueles games que você tem que ir andando e batendo no que der e vier pela frente, destruindo tudo pelo caminho, arremessando cabines telefônicas e latas de lixo nos oponentes e comendo restos de pizza achados dentro do esgoto pra recuperar um pouco da sua vida. Double Dragon, Final Fight, Streets of Rage e Teenage Mutant Ninja Turtles só pra constar alguns exemplos.

No game controlamos o já mencionado Tick, um marombado que veste uma roupa de carrapato azul, com ele você deve sair pelas ruas espancando ninjas vermelhos, azuis, amarelos, pretos e um ou outro chefe pelo caminho. O jogo não aparenta ter um roteiro propriamente dito, a única coisa que temos é um título pra cada estágio do jogo, que geralmente representa algum momento que aconteceu nos quadrinhos, mas nada que realmente faça algum contexto em uma história.

Os gráficos são decentes. Nada espetaculares, mas não são ruins também. O Tick e os chefes parecem okay, mas alguns inimigos são meio mal animados. O fundo dos cenários é bem repetitivo, mas não chegam a ser ruins também. Quando se inicia uma fase, aparece um artwork bem produzido de algum dos personagens na tela, e isso certamente é uma boa coisa. O som por outro lado deixa um pouco a desejar. O tema principal e o estágio de abertura do jogo são excelentes, mas após isso as músicas sofrem uma queda drástica na qualidade, os efeitos sonoros também são feios principalmente os ruídos emitidos pelos inimigos enquanto apanham, fora isso devem haver no máximo uma meia dúzia de músicas durante o jogo inteiro que vão se repetindo exaustivamente conforme se avança no jogo.

Os controles são bem simples: existe um botão de pulo, dois de ataque e um para chamar seu parceiro, Arthur que mata todos os inimigos na tela em um instante. Essa última função é EXTREMAMENTE limitada e não existe nenhum tipo de power up que permita que você reabasteça seu estoque de ataques especiais do Arthur. Com exceção das fases sided-scrolling (falarei sobre elas daqui a pouco), pular é praticamente inútil nesse jogo já que o Tick parece dançar ballet enquanto performa o pulo [?!], e isso faz com que ele fique extremamente vulnerável a ataques. Atacar enquanto pula também não é uma boa idéia já que pra acertar uma mísera voadora no oponente, o inimigo precisa estar parado. O botão de soco pode ser usado para diversos combos, no entanto, você logo vai aprender que os chutes tem um maior alcance, e causam mais dano do que qualquer um dos ataques de soco. Como resultado, o único botão que você irá usar durante a maior parte do jogo é esse, mas ocasionalmente você também vai usar os socos de vez em quando só pra quebrar um pouco o tédio e para ver o Tick subjugando seus opontentes terminando um combo com um poderosíssimo peteleco.

Ok, pare de imaginar por um instante que a ninja acima está completamente nua da cintura pra baixo, e concentre-se no título da imagem. A primeira fase, se chama "Night of a million zillion ninjas", e PUTAQUIUPARIU o título da fase é praticamente uma premonição de tudo o que você vai ter que enfrentar durante as próximas 5 horas de jogo (sim esse jogo é longo pra cacete). Enquanto os Beat'em ups normais começam com uma horda de inimigos fracos que no decorrer do jogo vão desaparecendo e sendo substituídos por inimigos diferentes e mais fortes, The Tick simplesmente traz os mesmos ninjas da primeira fase, e vai adicionando pallet swaps dos mesmos nas fases seguintes. Cada um deles carrega uma arma diferente dependendo de sua cor, mas logo que você aplica um golpe neles, eles a derrubam no chão e passam a lutar com as mãos vazias. E mesmo depois de derrotar dezenas deles, eles continuam brotando do chão como se fossem erva daninha. Mais pro final do jogo você também vai encontrar palhaços e aliens e o ideaman para enfrentar, não que isso vá fazer muita diferença no gameplay já que até lá você já vai ter brochado de tanto ficar derrotando os mesmos milhões de zilhões de ninjas. Power ups são bem raros no jogo. O máximo que você vai encontrar vão ser três ou quatro reabastecedores de energia e duas vidas extras. Existem também alguns power ups em forma de um punho branco que servem para que você lute lada a lado com um dos heróis da franquia que pode ser American Maid, Oedipus, Paul o Samurai ou Die Fledermaus. Não que isso ajude muito já que eles duram pouquíssimo tempo e você fica reduzido a usar apenas socos e chutes durante esse tempo.

Como eu mencionei antes, existem também os estágios em side scroll. Durante os intervalos entre uma fase e outra, você é levado para tais estágios onde você precisa saltar pelos topos dos edifícios enquanto desvia de facas e machados lançados por inimigos que ficam fora do alcance da tela. Se você se atrapalhar em um salto e cair (o que é muito comum pelo já mencionado péssimo hábito do Tick de dançar ballet enquanto performa os pulos somado aos constantes projéteis que você é obrigado a desviar), você será obrigado a lutar contra um chefe aleatório. E as lutas contra os chefes são excepcionalmente frustantes. Os chefes ficam invencíveis por um curto período de tempo enquanto levam um golpe, ou seja, nada de combos contra eles, para derrotá-los você precisa bater neles uma vez, depois sair de perto, bater e sair de perto, bater e sair de perto e repetir esse tedioso procedimento até que o chefe morra de uma vez. E mesmo se você sobreviver a isso, você ainda deve voltar para o topo dos edifícios e tentar prosseguir na fase de novo sem cair do alto dos prédios.

Considerações Finais: A jogabilidade é ruim, as fases são longas, os inimigos são entediantes e sem variedade, e o som é repetitivo. Como se nào fosse o bastante, o jogo também não apresenta nada que permita que o progresso seja salvo, então prepare-se para jogar isso em algum feriado ou domingo já que é preciso de umas boas sete ou oito horas pra levar o game até o final (isso se não morrer antes disso), mesmo assim é uma façanha quase impossível porque provavelmente você ficará maluco na metade desse tempo jogando isso! E mesmo se você tiver bolas pra terminar The Tick, o final não será nada gratificante: uma foto do Tick e do Arthur numa motocicleta com as palavras The End ao fundo. História?! BAH, história é para os fracos!

SPOOOOOOOOON!

3 comentários:

  1. e ai, já tava demorando!

    me deu muita vontade de NÃO baixar o rom desse jogo.

    eu fico com o meu final fight muito obrigado...

    ei, e já ouviu falar do playfire?é tipo um orkut de video games, onde você põe os jogos que você está jogando, os que você zerou, as plataformas que você tem,suas estatísticas dos jogos...

    eu achei bem legal e já criei o meu perfil

    o site é esse aqui:http://www.playfire.com/

    e o meu nome é evilmonkey_25

    ah, mas a maior parte das coisas está em inglês, só pra avisar...

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  2. O jogo pode ser ruim pra kct, mas o desenho era legal, mas nunca soube que era baseado em um quadrinho.

    E mesmo sabendo que o jogo era ruim, eu passava horas jogando ele XD

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  3. Interessante esse Playfire, vou ver se faço um perfil nele. Ser em inglês não é problema nenhum não.

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